O que Gen Z Espera dos empregadores? Insights de Google, Handshake e Cases Globais
- Eureca
- 17 de abr.
- 4 min de leitura
A Geração Z já representa mais de 25% da força de trabalho global. E, com isso, o desafio para marcas empregadoras é claro: como atrair, engajar e reter uma geração que valoriza autenticidade, impacto social, aprendizado contínuo e representação real?
O nosso CEO Jan Kishi Diniz recentemente, acompanhou uma palestra com lideranças de employer branding do Google e da Handshake que geraram inúmeros insights, compartilhados neste artigo, com frases de referência e exemplos globais de empresas que estão acertando em cheio na comunicação com a Gen Z.
1. Employer Branding é Branding. Ponto.
"Your employer brand is your corporate brand."
Não existe mais separação real entre a marca institucional e a marca empregadora. Um erro ou incoerência em qualquer frente contamina toda a percepção. A marca é uma só.
A Tata Motors (Índia) rejuvenesceu sua imagem corporativa ao reformular seu employer branding com foco em cinco personas da Gen Z, conteúdo autêutico e uma linha de montagem composta apenas por mulheres. Resultado? 48% das novas contratações são mulheres e houve aumento de talentos de fora do setor automotivo.
2. Estabilidade, Benefícios e Upskilling: Os Três Pilares
"They're twice as likely to stay if there are opportunities for upskilling."
A geração quer:
Estabilidade (73% apontam como prioridade #1)
Benefícios que impactam sua realidade, como ajuda com dívidas estudantis
Oportunidades reais de aprendizado e crescimento dentro da empresa
Com o College Achievement Plan, que cobre 100% da graduação para funcionários elegíveis, a Starbucks viu as candidaturas crescerem em 600 mil em um ano. É um benefício que comunica, com ação concreta, o investimento no futuro dos jovens.
3. Conteúdo Real e Útil é o que Engaja
"No one wants fluff. Gen Z is right at the top of that list." "Top 3 interview tips, how to improve my resume. That’s what works."
O que funciona com Gen Z:
Conteúdo educativo (como fazer, bastidores, dicas reais)
Histórias autênticas contadas por funcionários reais
Formatos nativos (vídeos verticais, linguagem direta)
A Chipotle (EUA) criou uma campanha de recrutamento direto no TikTok usando humor, memes e perks do dia a dia. Resultado? 7% de aumento nas aplicações e vídeo viral com mais de 70 mil likes. Gen Z respondeu porque a marca "falou sua língua".
4. Funcionários como Mídia (ou Críticos)
"Employees can be your best advocates or your biggest critics."
Google e Handshake incentivam programas de "employee amplification" e embaixadores reais, sem roteiros prontos. O segredo é criar espaço para que as pessoas contem sua própria história com autenticidade.
O SEB Bank (Suécia) criou um programa de embaixadores internos que tomam conta das redes sociais para mostrar o dia a dia real na empresa. Isso gerou +61% de aplicações por vaga e mais de 6 milhões de impressões orgânicas.
5. Social Listening é Ouro
"Glassdoor and Blind are free user feedback. Use it."
Não se trata apenas de monitorar — mas de escutar de verdade. Se todos estão dizendo que a promoção é confusa, é porque é mesmo. Use feedbacks em plataformas como Glassdoor e Reddit como uma fonte qualitativa rica para repensar políticas e cultura.
6. IA, Transparência e a Nova Regra do Jogo
"Don't send a janky resume. Use ChatGPT or Gemini."
Gen Z está usando IA para melhorar seus currículos, se preparar para entrevistas e aprender. Do lado das empresas, é essencial garantir que os dados que alimentam os modelos reflitam bem sua cultura. IA será (ou já é) o novo motor de descoberta sobre sua marca.
A SAP (Global) Atualizou sua proposta de valor com o slogan "Bring everything you are. Become everything you want". Usou storytelling real e foco em aprendizagem. Hoje, atrai mais de 7.000 profissionais da Gen Z por ano.
7. Plataformas: Onde Está Gen Z?
"LinkedIn is not built for 19-year-olds."
Gen Z está no LinkedIn, mas usa a plataforma mais como vitrine pessoal do que como rede social. Para se conectar de forma eficaz, é preciso diversificar os canais: TikTok, Instagram, YouTube Shorts — além de plataformas nativas como a Handshake.
A Unilever MENA (Oriente Médio e Norte da África) Liderou um desafio gamificado para universitários com foco em impacto social, via Instagram e Snapchat. Gerou mais de 11 mil inscrições e CTR 10x acima da média.
8. Propósito Ainda Importa (Mas Depois do Básico)
"Hit me up with the insurance and benefits first. Then I care about your social values."
Millennials priorizavam propósito. Gen Z também quer impacto, mas só depois que o básico está garantido: segurança, crescimento, estrutura. É um retorno ao pragmatismo, influenciado por crises, pandemia e mercado volátil.
9. Upskilling é Sexy
"Upskilling é investimento emocional. É um jeito de dizer: estamos investindo em você."
Treinamentos, mobilidade interna e apoio a cursos são muito valorizados — e um diferencial competitivo real. Starbucks, SAP, Tata e outros estão colhendo os frutos de mostrar que se importam com o crescimento das pessoas.
Employer branding para Gen Z é menos sobre campanhas glamorosas e mais sobre mostrar a verdade com coragem, investir em quem está começando e comunicar de forma útil, simples e humana. Não existe uma receita pronta, mas existe um ponto em comum em todos os exemplos de sucesso: autenticidade.
Se você quer atrair a nova geração de talentos, comece por escutar.
Depois, entregue valor real. E conte boas histórias, com quem faz a diferença todos os dias dentro da sua empresa.
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